Insumos de matéria orgânica, embora essenciais, geralmente são uma dor de cabeça para os produtores. Aqui vão quatro dicas para ajudar você a avaliar as necessidades de matéria orgânica do seu solo.
“A noção de humus, isto é, o solo formado pela decomposição das plantas, ainda é relativamente desconhecida dos fazendeiros”, diz o engenheiro e agrônomo da Lallemand Plant Care. Algumas pessoas acham que existe um nível certo ou errado de humus,mas a questão é muito mais complexa.
O segredo é abastecer o solo regularmente com a quantidade certa de matéria orgânica de plantas e animais. E isto é uma arte.
Segundo o especialista, para alimentar seu solo corretamente, você não deve confiar na sua intuição. Você precisa de uma boa estratégia.
1 - Evite estes dois erros
Muitos produtores fazem enormes adições de matéria orgânica somente uma vez a cada três ou quatro anos. No entanto, a melhor coisa a fazer é alimentar o solo regularmente.
“Não devemos deixar o solo descoberto e devemos garantir que os lotes cultivados recebam alimento todos os anos. Portanto, insumos anuais ou bianuais são preferíveis, combinados à cobertura vegetal no inverno”, diz Olivier Cor.
Outra prática comum – e que deve ser evitada – é calcular o tamanho da armazenagem com base na quantidade de esterco produzido.
Assim, a vala fica cheia no inverno, quando o solo tem pouca necessidade. “Com esse raciocínio, as aplicações são feitas em um momento em que o solo tem dificuldade em digerir o esterco”, diz o agrônomo.
2 - Respeite as três regras de ouro
Para garantir que você tenha um abastecimento ideal de matéria orgânica, você deve:
- Fertilizar regularmente: isto permitirá que o solo se reestruture mais facilmente, especialmente no caso de compactação.
- Diversificar a natureza da matéria orgânica: a dieta do solo (como a nossa!) deve ser balanceada para evitar deficiências e excessos. Em outras palavras, não coloque sempre o mesmo material nos mesmos lotes.
- Adapte o abastecimento de matéria orgânica à velocidade de funcionamento do solo: em um solo encharcado, por exemplo,você deve adicionar matéria orgânica que já tenha sido compostada.
3 - Verifique se o seu solo está decompondo bem as plantas
Para descobrir se o seu solo tem uma boa dinâmica de umidificação, você pode:
- Sentir o cheiro da terra: o cheiro de terra fresca é um bom sinal. Por outro lado, se o cheiro for de ovo podre ou enxofre, existe um problema.
- Verifique a estrutura do solo: se houver uma crosta na superfície ou compactação, não existe qualidade do humus.
- Passeie pelos seus campos regularmente: verifique a taxa de degradação dos resíduos das safras. Você deve ver uma mudança depois de três ou quatro meses. Uma dica: tire fotos antes e depois para compará-las.
4 - Interprete a análise do seu solo
Um teste do solo realizado a cada quatro ou cinco anos pode ser útil para concluir o diagnóstico anual, mas você ainda precisará saber como interpretá-lo.
Oliver Cor recomenda que mais importância seja dada à evolução da taxa C/N do que ao seu valor. “Por exemplo, se estiver aumentando, é porque a degradação do carbono não está ocorrendo devidamente. Isto é um sinal de problemas de alimentos orgânicos”, ele diz.
O pH exerce influência sobre a taxa de transformação da matéria orgânica. “Você precisa ficar alerta para que o pH fique abaixo de 5.8”, aconselha o especialista.
Isto ocorre porque um solo que é muito ácido causa uma transformação mais lenta e incompleta da matéria orgânica fresca.
O resultado? O ciclo do carbono se desacelera e os nutrientes disponíveis no solo se reduzem.
O agrônomo também alerta que a testagem do solo só deve ser feita em lotes que valham a pena. “É melhor dar mais atenção aos campos com melhor desempenho do que perder tempo e dinheiro tentando melhorar alguns lotes que têm problemas”.
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