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por Caroline de Rauglaudre

Communication manager



Por que utilizar produtos baseados em microorganismos na agricultura quando existem bilhões deles no solo?

Esta é uma das questões que surgem regularmente e, para responder a ela, decidimos apresentar alguns elementos científicos. 👇

Embora seja verdade que plantas e microorganismos têm vivido em simbiose desde o início dos tempos, essas relações levaram dezenas ou mesmo centenas de anos para se estabelecer.
Sem que nós percebamos, a agricultura afetou (e ainda está afetando) os equilíbrios que levaram muito tempo para se estabelecer.

 

1 - Economizar tempo

Tomemos um exemplo concreto, a bactéria fixadora de nitrogênio Rhizobium leguminosarum.

Os legumes têm a habilidade de fixar o nitrogênio do ar por meio de sua associação com a bactéria do gênero Rhizobium.’

Quando se inicia o plantio de um tipo de legume, o solo contém pouca quantidade de Rhizobium, pois essas bactérias não tinham parceiros com que estabelecer simbiose até então. Observe que as Rhizobia são diferentes para cada legume, por exemplo, a Rhizobium da soja não irá criar uma simbiose com a ervilha (e vice versa).

Naturalmente, as bactérias acabam chegando por meio de contaminação por mudas, por exemplo, e em um ambiente favorável, elas irão se multiplicar. Porém, esse processo levará tempo (dezenas a centenas de anos).

Neste contexto, a inoculação economizará tempo.

2 - Para associar parceiros mais efetivos com as culturas

 

Eficiência ou competitividade, por que escolher?

Desde os anos 80, as publicações científicas têm mostrado que cepas nativas geralmente são as mais competitivas,mas não necessariamente as mais eficientes, isto é, as que levaram, a planta a produzir a maior parte da biomassa.

O ponto de inoculação é introduzir cepas competitivas E eficientes para garantir que a lavoura este associada aos melhores parceiros.

No diagrama abaixo, podemos ver que as cepas em azul turquesa são muito competitivas e geralmente são as que vão ter sucesso ao estabelecer a simbiose. Por outro lado, elas são menos eficientes do que as outras na produção de biomassa.

Competitividade das cepas ao longo de múltiplas inoculações

 

Evolução do microbioma ao longo dos últimos 50 anos

Outro estudo particularmente interessante da Universidade de Illionois, publicados na semana de 10 de março de 2021, apresenta a evolução do microbioma ao redor da rizosfera do milho desde 1949 até o presente.

Neste estudo, vemos que o microbioma perdeu sua capacidade de fixar nitrogênio atmosférico, o que é lógico porque, quando alimentada com fertilizantes minerais, a planta tem menos necessidade das bactérias que cumprem esse papel.

Por outro lado, ao longo dos últimos 50 anos, o milho passou a tender a recrutar bactérias denitrificantes para liberar o nitrogênio mineral.

 

Este estudo demonstra o impacto de práticas agrícolas ao longo dos últimos 50 anos, que favoreceram e até selecionaram o microbioma nos solos.  Isto ocorreu sem que nós tivéssemos conhecimento.

No entanto, o microbioma não será necessariamente o mais eficiente quando comparado a novas práticas e levará muitos anos até que ele se adapte novamente.

As tecnologias atuais nos permitem oferecer parceiros microbiais selecionados por suas propriedades agronômicas muito mais rápidas, acelerando um processo que a natureza levaria muito mais tempo para concluir.

Acelerar um processo que a natureza levaria a cabo durante um longo período de tempo

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